Charles J. Terpstra
A quem Ele mostrou-se vivo, após sua paixão, por muitas infalíveis
provas, sendo visto por eles por quarenta dias, e falando das coisas
concernentes ao Reino de Deus (Atos 1:3).
Por que Cristo tendo padecido uma única vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para que pudesse conduzir-nos a Deus; sendo morto na carne,
mas vivificado pelo Espírito (1 Pedro 3:18).
Na última quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2004, com muita promoção e
aclamação de igrejas Protestantes e Católico Romanas o filme de Mel
Gibson "A Paixão de Cristo" iniciou sua pública exibição. Ele se propõe
a contar por meio de elementos dramáticos e imagens a verdadeira
história bíblica do sofrimento de Jesus Cristo. Em vívidos detalhes ele
conduz o expectador para o imenso e incrível sofrimento físico que Jesus
suportou nas últimas doze horas de Sua vida.
Muitos cristãos professos e igrejas estão empolgados com o filme e
sua perspectiva para a evangelização do mundo. Muitos líderes
Evangélicos e Católicos o estão aclamando como a grande oportunidade
para a expansão do Evangelho desde os tempos dos apóstolos! Agora,
finalmente, a mensagem do sofrimento e morte de Cristo podem alcançar o
perdido e ganhá-lo para o Senhor! Isto explica porque igrejas em todo
oeste de Michigan têm reservado exibições especiais nos cinemas da área.
O povo deve ver este filme! Ele será uma experiência de mudança de vida!
Mas nós não estamos tão empolgados. Na verdade, nós condenamos o filme e
recomendamos veementemente a todos verdadeiros Cristãos NÃO assisti-lo.
Não simplesmente porque ele pode ter incorreções e adições que distorcem
a verdadeira importância do sofrimento de Cristo (o que ele faz—é um
filme Católico Romano endossado pelo papa—algo que todo verdadeiro
protestante deveria rejeitar!). Não porque ele pode incitar sentimentos
anti-Judeus da parte de gentios. Não há razão para isto, por que todas
as pessoas do mundo estão igualmente representadas naqueles que levaram
Jesus a morte naquele primeiro século A.D. (Pôncio Pilatos e os soldados
eram gentios que atuaram em total acordo com a multidão de Judeus que
clamaram por sua crucificação).
Não, nós condenamos este filme por três razões principais. 1ª, porque é
uma blasfêmia retratar o sofrimento e morte de Cristo desta maneira. Nós
cremos que Jesus Cristo não era somente um homem real, mas também
verdadeiro Deus – o eterno Filho de Deus em carne humana! Nenhum homem
pode retratar Cristo seja através de um ator ou qualquer imagem física.
Fazer isto é blasfemar o Filho de Deus e negar Sua grande glória e
poder. Isto é o que Deus dispõe pelo Seu 2º Mandamento— não fazer
imagens dEle, isto inclui Seu Filho.
2ª, por que o filme falha em revelar o âmago do Evangelho—o definitivo
sacrifício expiatório e propiciatório de Cristo. O sofrimento de Cristo
não foi meramente físico, ele foi principalmente espiritual, Ele foi um
sofrimento em corpo e alma da ira eterna de Deus pelos pecados de Seu
povo. Deste ponto de vista o sofrimento de Cristo não deve simplesmente
incitar sentimentos de simpatia for Ele. Ele deve quebrantar nossos
corações duros e conduzir-nos ao arrependimento e fé nEle!
E 3ª, por que este filme não é o meio ordenado para salvação de
pecadores. Nós somos certamente a favor de que a mensagem da paixão de
Cristo seja proclamada ao mundo. Mas nós devemos usar os métodos de Deus
para fazer isto—a pregação de Cristo crucificado através de Seu
ministério oficial instituído na igreja. Isto é o que o próprio Cristo
chamou Sua igreja para fazer (Mateus 28:20). Isto é loucura para o homem
nestes dias modernos, de alta-tecnologia e visualmente dependentes,
exatamente como foi nos dias dos apóstolos. Mas a pregação é poder e
sabedoria de Deus para salvação de todo aquele que crer, seja judeu ou
gentio (1 Coríntios 1:18-24).
Com estas coisas em mente nós apelamos a você para evitar este filme e
ao invés disso freqüentar uma igreja onde a paixão de Cristo é puramente
pregada. As Igrejas Reformadas Protestantes são tais igrejas. Nós o
convidamos a juntar-se a nós em adoração e sob a Palavra.
Tradução livre: Rev. Marco Antônio Rodrigues
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